sábado, 14 de novembro de 2009

OlimPIADAS 2016: Eu RIO.



As anedotas que me amedrontam: as empreitadas impreteríveis das empreiteiras em superfaturar, enquanto nos sinais, cobram-se as faturas da falta de estrutura das fraturas sociais, os juros de mora pela demora, pelas favelas atrás dos muros, pelos murros na cara da falta de decoro.
Cresce a cidade-silicone, revestida de cones e canos de calibres e descargas. Vai da redenção à rendição aos obstáculos dos tentáculos do crime: fogo na pira da tocha, pois quando não há fogo no "buzu" lá a galera se arrocha na hora do rush.



Nos "milimeTRENS" se desacata, gente se atraca, quebra catraca, depreda, joga pedra e fica a socos e catiripapos. Nos "centiMETRÔS", os vagões-óvulos são disputados pelo povo-espermatozóide, que compartilha trozobas, atritos e atrasos ouvindo samba de breque em meio à sacanagem das frenagens bruscas.



E enquanto não se repudia o pódio, canalhas vão ganhando medalhas. Enquanto se compactua, o PAC dorme como um pacderme e na epiderme se sente a rajada dos que capturam os helicópteros à bala.
No céu o incêndio e ao esporte a falta de incentivo. Vitória dos espertos contra o desporto, pois enquanto dispersos e perversos não se importam, se exporta a imagem de um "Olimpo" que não é limpo, que nunca será uma Esparta, que sempre haverá um parto e uma posterior porta cerrada, oportunidade parca, estabilidade porca. E até lá só rio do meu Rio que sorri de tudo, cidade da olimPIADA.