domingo, 31 de maio de 2009

Eles estão se lixando...



Na verdade, para nós, defecam. Se disfocam e se fincam com afinco em mandatos demandados por antas. Adiantam que o dito é fato, vivem ás turras pelas curvas e tangentes, intransigentes, de vidas turvas, nos estorvam torrando grana, fazendo torres e castelos, negando o estorno e a possibilidade de tê-los.
Eles estão em nossas mãos, nos germes de nossas unhas e nós, sob a alcunha de quem se acanha, nos aquietamos. Nossas unhas não cravam, se privam da garra, não reprovam a farra nem arranham as artimanhas de quem manda. A fé é feto, cruzamos os dedos e diante dos desafetos falta o dedo em riste no rosto, o dedo na ferida que cutuca e fica de butuca como fera em seus foros privilegiados.


Deduzindo, usando os dedos contra os medos, não mais um indicador apaziguador ou anelares nulos que se aliam e se alinham ao fácil e aos que nos fazem de pequenos polegares, mínimos... A eles o dedo médio: não saúdam e se vão.
Eles tiram as mãos valentes do volante e nós levamos quem não mais se levanta ao leito, velamos o que para eles é irrelevante como um formulário, enquanto correm com seus carros tal qual estivessem em Fórmulas e ás vítimas apenas o formol e um 'foi mal' de desculpa no pódio do repúdio. Sem decilitros de decência, sem centigramas de sentimento, somente a fama contra os bafômetros quando o tanque explode e o sangue que não estanca eclode.



Eles em nossas mãos e você batendo palma. Eles se lixam e você que não pode linchá-los toma laxante? Eles na Base Governista governada de verniz e você na revista não quer ver nada além da base incolor e do peito indolor, e mesmo que ele te assalte, você... esmalte. Eles estão se lixando e nós fazemos as unhas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A Pandemia e o Pandemônio



E quem sabe dizer dessa vez o que comeu o porco mau? E o lobo homem, lobo bom? Bombom ou a bomba? Invertem-se os papéis quando há mais uma ideia mirabolante para aumentar o montante com a criação de um mutante resultante da antiética. Um monstro genético de potencializadas proteínas nos contamina, pois eles não aceitam uma mina a menos.
E o que andam fazendo nas fazendas? O gado de corte e a corte de patifes nos servindo bifes de bois que comem restos deles mesmos. Reações e rações de sobras de sangue e ossos, enquanto a gangue não mede esforços para torná-los canibais: 'animartificiais' de cartilagens e cartéis.



Se antes Darwin, hoje falhas hereditárias: um dálmata sem alma e sem pinta de repente tropeça num gato persa que virou tapete. Células de cédulas! Dólares de Dolly! E há mais um lote de filhotes de ovelhas velhas.
Artifícios para os galináceos: Luz em suas faces! Ovos, aves! Quando nunca é noite uma cloaca não empaca. Para a engorda e para a corda no pescoço e para o pacote pois o tempo é escasso.
A ira da natureza contrariada, extraviada: falta leite e sobram leitões, a fome difama. Nós como curió, geladeira como gaiola com só água e jiló e uma colher pra fazer farofa raspa a parede. Como se cantássemos uma paródia, como se clamássemos numa paróquia, embora aqui os cantam de galo se trajam de gala.



Suíno Homem, apresente-se: dirige de ré uma carreta de carré e não digere, não sabe o que acarreta. Dizimam os rebanhos como se pagassem dízimo ao criador. Enquanto matam os porcos nós contamos os corpos afetados: de Febre Aftosa, de Gripe A ou de quem vai piar quando pegar uma Gripe Aviária.
Porcos em suas pérolas, nas suas fuças de fossa, nos seus avanços e desavenças, atrás de suas máscaras elásticas da elite. Suíno Homem brinca de Deus e não percebe os retardos dos seus jogos de dardos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Saracuruna, Estação Terminal.



Atropelado pelo atraso, morreu um cara de cabelo sarará em Saracuruna. Em desalinho, andou nos trilhos com a sua tralha para o trabalho e foi o fim da linha, se acometeu contra o cometa, sua última falha e sua última fala pelo filho.
Enquanto isso, o deputado ganhou na Sena uma passagem que o desantena da realidade. No Senado se pergunta onde será esse lugar chamado Saracuruna. Estação Terminal e o Estado estático é paciente, terminantemente doente, em estado terminal.
Nos ramais nós, tratados como rameiras. E os trens, quando vêm, se encarregam de nos carregar como carga, como merda, a quem amarga uma viagem de porta aberta, de frente à morte, de frente ao porte do chicote do apito da falta de comando, enquanto os comandos que realmente mandam são de cores e ordinais: vermelho, em ação, terceiro...



No ônibus lotado, o motorista é cobrado quando atrasa o troco, o trocador desempregado pede socorro. Nosso condutor dirige o caixa e deixa o volante volátil, recebe a cédula, e indica pela seta sua condição de ser explorado. Cata moeda no pote, sai da pista e se choca contra o poste e nós comemos alpiste presos na gaiola.
Já diante da greve que se agrava, a grávida presa ao cinto foi alvejada e não foi capa da Veja e foi no bolo mais apenas uma cereja de todo abalo da cobertura. Escreve-se o fim de mais uma história e na escola, o filho do sarará aprende caligrafia.
Se lá fora mais um projeto de trem-bala, aqui bala no trem. Um projétil, doce na boca, calibre doze à queima-roupa. E nossas composições se decompõem e há toda uma frota pra nos fazer de frete pois estamos fritos.


Há pouco espaço nas linhas, mas que tal eles no Espaço Sideral dentro de um ônibus espacial? Pois se os encontro dentro de seus carros blindados haverá uma catarse. Se eles vão a Paris, se eles vão a Dacar, se vão ao Catar eu não vou acatar, vou atacar até com catarro. Vá te catar!!!
Decerto aqui apenas o deserto nesse Saara. E vocês não levam a sério que esse 'existir' não sara, que esse elixir não cura e que morreu mais um cara, de cabelo sarará e pernas de saracura.